segunda-feira, novembro 27, 2006

Religiosos = loucos?

Ultimamente tenho me irritado cada vez mais com as religiões (como o post anterior bem demonstra) e hoje transcrevo uma passagem de um livro que para mim resume muito do que penso, e do que muitas pessoas pensam mas têm vergonha de admitir. Segue abaixo:

"Nós temos nomes para pessoas que têm muitas crenças para as quais não existem justificativas racionais. Quando as crenças delas são extremamente comuns, nós as chamamos de "religiosas"; caso contrário, geralmente as chamamos de "loucas", "psicóticas" ou "delirantes".

Para citar um exemplo: Jesus Cristo - que, como se sabe, nasceu de uma virgem, enganou a morte e subiu fisicamente aos céus - pode agora ser comido na forma de uma bolacha. Com algumas poucas invocações feitas à um cálice cheio de vinho, também é possível beber seu sangue. Há alguma dúvida de que se apenas uma pessoa acreditasse nessas coisas ela seria considerada louca?

Os perigos da fé religiosa é que ela permite a seres humanos normais colherem os frutos da loucura e os considerarem sagrados."


Além de muito engraçado, é real. O autor é Sam Harris, um cientista especializado em neurociências, que escreveu alguns livros contestando crenças religiosas, livros que estão na lista de best-sellers nos Estados Unidos e deveriam ser traduzidos. Outro best-seller do momento é "A Ilusão de Deus" (The God Delusion), de Richard Dawkins, brilhante cientista e advogado de todos ateus do mundo. Para saber mais veja (links em inglês): crítica do livro de Sam Harris e texto de Dawkins no site edge.org

E continuo minha cruzada!!! Ayouuuu Silver!!!!

terça-feira, novembro 21, 2006

Sobre religião e spammers

ATENÇÃO: se você se ofende facilmente com opiniões contrárias às suas e com xingamentos, pare agora!!

Eu avisei hein! Não quero saber de reclamações depois.


Minha visão sobre religião (e spammers)

Embora ninguém tenha pedido, chegou a hora de expor alguns pensamentos meus sobre religião. Na verdade, pouca coisa do que eu vou expor aqui é original, assim como 99% do que eu escrevo e do que qualquer pessoa escreve (veja PS para mais sobre esse tema).

Aliás, a principal motivação para este post ligeiramente mal humorado e irônico são as porras de spam que eu recebo quase todo santo dia falando que Deus me ama, que vai acontecer um milagre às 3:52 horas da manhã se eu encaminhar a mensagem pros meus 17.673 amigos e coisas do gênero.
Como diria um amigo meu (o que geralmente quer dizer que eu disse isso, sabe aquela velha história que "aconteceu com um amigo de um amigo"?): quero que esses cornos de spammers vão todos à PUTA QUE PARIU [pronunciar no estilo Hermes e Renato, abrindo bem a boca e desferindo claramente cada sílaba: COOOOR-NOS, PUUU-TA QUEEE PA-RIUUUU!] . Pronto, desabafei :)

Mas voltanto ao assunto, vamos lá.

Resumindo: todas religiões (sem exceção) são promotoras do ódio, do preconceito e de tudo que de ruim existe nesse mundo. Tá bom, exagerei um pouco, mas é mais ou menos isso (mais pra mais que pra menos). Tenho nojo principalmente das "grandes 3": cristianismo, islamismo e judaísmo.

Ponto 1: cada uma delas e qualquer religião tem convicção de que ela, e só ela, está certa, e as outras estão todas erradas. Como isso é uma impossiblidade lógica, a conclusão natural é que todas estão erradas. Abomino todas elas.

Ponto 2: praticamente todas religiões se baseiam na crença de alguma força superior (geralmente conhecida por Deus) que criou o mundo e vê tudo que acontece e manda um monte de gente pro inferno. Além disso, algumas acham que ele é um cara barbudo. Na verdade muito parecido com o Papai Noel. Na verdade, é apenas uma versão mais rídicula do Papai Noel, já que ninguém com mais de 7 anos acredita no Papai Noel, mas um monte de gente grande acredita em Deus (barbudo, claro). O porquê disso é algo que me foge (tenho algumas teorias mas deixo pra outra hora).

Bom, crianças, cheguem mais perto que vou contar um segredinho: Deus não existe.

Tudo bem, assim como acreditar em Deus é uma questão de fé, não acreditar também é, porque não há como provar cientificamente nenhuma dessas duas posições. Como sou cético,
é preferível ficar com a versão mais simples. Acredito no princípio da Navalha de Occam: se existem duas explicações para um fenômeno, e as duas explicam satisfatoriamente este fenômeno, mas não há como provar qual está certa, é melhor ficarmos com a explicação mais simples, mais elegante, que envolva menos passos duvidosos. E é simplesmente mais fácil e belo explicar o universo sem recorrer a uma explicação teológica. Afinal, o homem criou Deus, e não o contrário.

Por hoje é só pessoal. Outra hora vou explicar melhor porque uma visão do mundo sem Deus ou qualquer coisa do gênero é muito mais bela e fascinante (e correta).

E quem me conhece sabe que sou uma pessoa alegre e de bem com a vida, ao contrário do que possa parecer a alguns pela leitura desse post. Apenas tenho opiniões fortes sobre quase tudo, desde a guerra no Iraque até os implantes de silicone - a saber: sou a favor (dos implantes, claro) mas ainda precisam evoluir pra ficar mais reais. Não, eu nunca encostei num, mas um amigo de um amigo meu já.

E eu avisei hein!!


PS:
Quanto ao fato de eu não ser muito original, bom, pelo menos eu escrevo, ao invés de agir como um spammer zumbi imbecil que encaminha e-mails estúpidos demandando que eu envie para meus 17.673 amigos a mensagem de que Deus me ama. Fora o fato de que ele não existe, se ele existisse aposto que não daria a mínima pra mim ou pra qualquer pessoa, pelo menos não mais do que ele se importaria com uma pedra ou com um gafanhoto, que afinal também "são" criações dele.